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Barulho bom: duelo dos streamings versus indústria fonográfica

  • streamidiablog
  • 10 de mai. de 2022
  • 6 min de leitura

Atualizado: 15 de dez. de 2022



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O streaming e a música começaram em 1995 uma relação que hoje em dia é bastante consolidada. As plataformas de streaming de músicas só crescem cada vez mais nos dias atuais, atingindo marcas de usuários que antigamente eram inimagináveis.


A RealAudio Player foi a primeira plataforma de músicas com capacidade de oferecer o serviço via streaming. Obviamente, não era uma tecnologia tão sofisticada como as de hoje, onde temos gigantes com destaque atuando no mercado, como Spotify (que eu diria ser a maior delas), YouTube, Apple Music, Amazon Music, Deezer, dentre outros.


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O Spotify foi fundado em 23 de abril de 2006 em Estocolmo, na Suécia, num período em que a internet de alta velocidade começava a se espalhar pelo mundo. Já havia muito consumo de música na época, contudo, esse consumo era, em sua maioria, feito de forma ilegal, por meio da pirataria.


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O nome que batiza a empresa tem uma história curiosa: Martin (um dos criadores) sugeriu um nome a Daniel (o outro criador), que entendeu “Spotify” de forma errônea. Os dois acabaram gostando por ser único e original e acabaram batizando a empresa com esse nome. Eles ainda não sabiam o monstro que estava sendo criado, que viria a ser, no futuro, uma enorme e revolucionária marca no segmento.


O Spotify foi muito importante para a indústria. Em 2 anos, segundo estudos locais, a pirataria de músicas na Suécia caiu 25%. Em 2012, lançaram versões para navegador e Android. Em 2014, o serviço foi aberto no Brasil, com pagamento ainda em dólar. Hoje, o serviço conta com aproximadamente 172 milhões de usuários, sendo uma grande parcela desses no Brasil.


YouTube, Apple Music, Amazon Music e Deezer são grandes concorrentes desse monstro que é o Spotify. O YouTube Music, da gigante Google, também oferece músicas on demand ao público. Por ser concorrente direto, tem um serviço parecido, porém com adaptações únicas, como é normal de cada plataforma.


Em comparação ao Spotify, alguns usuários dizem que ele faz indicações melhores do que o concorrente, baseado no algoritmo. Ele não cria apenas playlists, como acontece no concorrente, mas oferece na tela inicial o que é chamado de “escolhas rápidas”, permitindo ao usuário achar e descobrir o que quer ouvir de uma forma mais eficiente.


A Amazon Music é outra opção bem interessante no segmento. Contendo cerca de 60 milhões de músicas na sua plataforma, ela tem um recurso muito interessante, que é a possibilidade de interações especiais com a Alexa, a assistente virtual da Amazon. Isso faz com que você possa iniciar a reprodução de músicas de onde quer que esteja por meio de comandos de voz.


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O Deezer, também já desenvolvido e antigo no segmento de músicas, faz parte do grupo de serviços que oferecem a transmissão lowless (sem perdas), pelo plano “Deezer Hi-Fi”, oferecendo a transmissão de arquivos de áudio sem compressão.


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O recurso lowless é uma forma que os arquivos contém 100% dos dados de áudio gravados. Isso significa que o som oferecido tem maior qualidade, mas também resulta em tamanhos de arquivo maiores. Os formatos mais famosos para distribuição de áudio sem perdas são .WAV (Waveform Audio Format) e .AIFF (Audio Interchange File Format).


Como mais um gigante do mercado, temos também a Apple Music, da gigantesca Apple. Ele não só fornece músicas, mas também vídeos enviados por streaming para seu dispositivo sob demanda. Foi lançado em 30 de junho de 2015 e se destaca pela curadoria especializada, contando com locutores e programas ao vivo, como se fosse uma rádio tradicional.


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Uma curiosidade interessante sobre ela é que muitas pessoas podem pensar que é um programa exclusivo para quem tem aparelhos da Apple, mas, na verdade, pode ser utilizado tanto em aparelhos com iOS quanto em aparelhos com Android, disponibilizado no iTunes.


Todos esses gigantes competem entre si pela hegemonia no mercado e contém milhões de usuários ao redor do mundo. Qual seria o melhor para cada pessoa? Qual o que tem mais base de mercado?


Apesar da concorrência ser grande entre essas empresas gigantescas, há uma certa hegemonia do Spotify no segmento. Quando se fala em serviço de streaming de músicas, a lógica é que qualquer pessoa pense imediatamente no Spotify, e essa dominância sobre o mercado não é atoa.


Essa plataforma, além de ter surgido antes de suas outras concorrentes citadas aqui (sendo o Deezer o segundo a surgir, em 2007), conquistou seus usuários muito por conta de sua interface fácil de ser utilizada e inovações na plataforma, como os “top 50” que são atualizados semanalmente.


Existem os top 50 separados geograficamente, como os global e os que são separados pelas músicas que são mais ouvidas em cada país, como também os que são separados por estilos de música, a exemplo dos top 50 sertanejo, funk, rock e dentre os vários outros estilos musicais que a plataforma abrange.


A criação de playlists por cada usuário e a possibilidade de disponibilizar as suas listas musicais para que outros usuários possam ver e seguir também são inovações criadas pela gigante para gerar interação entre seus usuários.


Quando você vê pesquisas na internet sobre se vale a pena ou não assinar alguma dessas plataformas, certamente você verá uma comparação com o Spotify para ver se vale a pena ou não adquirir aquele serviço. Se a plataforma apresenta qualquer instabilidade, logo gera um alvoroço nas redes sociais sobre o transtorno causado na vida das pessoas pela falta do aplicativo e de poder ouvir suas músicas.


Resumindo toda essa questão, o fato é que o Spotify é, com certa folga, a maior plataforma no segmento, e todas as outras precisam correr atrás para que possam oferecer mais vantagens do que ela para conseguir um dia quebrar a sua hegemonia.


Outro grande produto dessas plataformas são os podcasts. Esses programas são MUITO consumidos hoje em dia pelo fato de ocuparem apenas um sentido, a audição, permitindo que você consiga, por exemplo, consumir esse conteúdo enquanto trabalha ou realiza afazeres do dia a dia. Os podcasts ganharam muita força justamente dentro dos serviços de streaming, numa era onde eles são muito consumidos.


O Spotify, por exemplo, possui diversos podcasts e algum deles até de forma exclusiva, com muitos usuários utilizando a plataforma somente para consumir esse tipo de conteúdo.



E quanto aos direitos das músicas? Como as plataformas fazem para obter permissão para transmitir tantas músicas de tantos artistas? Obviamente, as plataformas precisam adquirir os direitos para conseguirem fornecer as músicas para seus usuários. Existe a equipe focada especialmente nesta tarefa, garantindo que nenhuma música lá seja transmitida de forma ilegal.


E quanto à indústria fonográfica? Ela sofreu algum abalo com o crescimento dessas plataformas? Na verdade, o que ocorreu foi uma adaptação. Hoje em dia, as empresas especializadas em gravação, edição e distribuição de mídia sonora conseguem distribuir seus produtos também por meio das plataformas de streaming.


Temos como as maiores gravadoras do mundo a Universal Music, a Sony Music e a Warner Music. A Universal hoje possui a UMusic Store, onde você pode adquirir as produções da gravadora, assim como a Sony tem o seu catálogo e a Warner igualmente. Diferente das plataformas aonde você assina o serviço e pode ouvir os conteúdos que existem lá, nessas “lojas” você compra o produto que quer consumir, no caso, aquele CD ou música desejado.



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Antigamente, essas produções eram distribuídas em formato de discos de vinil, videocassetes e CD’s (a última geração das mídias físicas), passando depois para formas digitais de distribuição, como no formato MP3. Obviamente, a indústria teve que se adaptar, assim como ocorre em qualquer área quando aparece uma novidade, a exemplo da TV hoje em dia.


A adaptação é justamente criando suas próprias plataformas ou distribuindo seus produtos dentro das plataformas já existentes, mediante pagamento de direitos do produtor original. Ou seja, o streaming nada mais é do que uma evolução natural dessa indústria fonográfica, é o passo adiante que o mercado deu, e obviamente a adaptação foi feita, sendo um sucesso até aqui.


Essas produtoras vendem suas produções para as plataformas, que adquirem os direitos para transmitirem essas músicas em seus serviços, enquanto as produtoras também continuam vendendo para quem quiser obter as músicas de forma exclusiva.


A forma como as produtoras se adequam ao mercado é mais uma prova de como as grandes empresas consolidadas de algum segmento devem ser capazes de se ajustar, assim como o streaming de músicas não é eterno e, no futuro, podem surgir novidades no mercado, fazendo com que todas essas gigantes plataformas tenham também que se adaptar.


E não poderia ser melhor. Isso faz com que as marcas não possam ficar estagnadas achando que nunca serão depostas e que serão hegemônicas para sempre. A realidade sempre muda, o mercado é volátil, e só os mais fortes sobrevivem.


E você, gosta dessas plataformas? Qual desses muitos serviços de streaming você utiliza? Qual considera ser o melhor? Consome apenas músicas ou também podcasts? Vamos debater um pouco sobre esse mercado e até a próxima!

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